Revista do Arquivo n. 11 (2020): Perda de informações e de bens em arquivos e instituições responsáveis por guarda do patrimônio

Segundo o dicionário, no adjetivo, sinistro é tudo o que é de “mau agouro, que pressagia desgraças”, ou ainda que “infunde temor, ameaçador, assustador, temível”, ou “o que provoca o mal, perigoso, pernicioso… o que é trágico, calamitoso”. No caso específico do significado substantivo da palavra, sinistro é “qualquer acontecimento que acarreta dano, perda ou morte; acidente, desastre, soçobro”, ou “grande prejuízo material, dano …. sobre o qual se faz seguro”, e finalmente, “risco”. Entretanto, o sinistro aqui é tratado como uma dimensão da preservação. Dito de outro modo, sob o astuto viés da dialética, o sinistro é a preservação em sua negatividade. Nesta décima primeira edição da Revista do Arquivo, esse ‘mal agouro’, ou ‘acontecimento’ que incide na realidade dos arquivos, é o foco central de nossas preocupações.
Ano VI – Nº 11 – Outubro de 2020
EDITORIAL
Preservar, no pretérito imperfeito
INTRODUÇÃO AO DOSSIÊ
A perda de patrimônio cultural como negatividade da preservação
Marcelo Chaves e Marcio Amêndola
O gerenciamento de riscos é um processo contínuo e tem que constar entre as prioridades institucionais
José Luiz Pedersoli Jr.
Perda de informações e de bens em arquivos e instituições responsáveis por guarda do patrimônio: segurança da informação e o viés digital
Vanderlei dos Santos
Sinistros em ambientes digitais de arquivos
Humberto Innarelli
ENSAIO
Situação de emergência: análise, reflexões e considerações
Isis Elias Baldini
ARTIGOS
Recomendações para acervos de arquivo após perdas causadas por incêndio
Jorge Dias da Silva Junior; Eliezer Pires da Silva
Montando as peças de um quebra-cabeças: dispersão de documentos visuais e informações em arquivos
Denise Aparecida Soares de Moura
Tráfico ilícito de bens culturais: uma reflexão sobre a incidência do furto de patrimônio bibliográfico raro no Brasil
Rodrigo Christofoletti; Nathan Assunção Agostinho
A contribuição da tecnologia de ionização gama na recuperação de acervos do patrimônio cultural
Pablo Antonio Salvador Vasquez; Maria Luiza Emi Nagai
AUTORES CONVIDADOS
Museus, arquivos pessoais e memórias coletivas: uma análise baseada na experiência de sistematização do Fundo Waldisa Rússio no Arquivo do Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo
Viviane Panelli Sarraf, Paula Talib Assad, Karoliny Aparecida de Lima Borges, Sophia Oliveira Novaes, Guilherme Lassabia Godoy, Carlos Augusto de Oliveira e Lia Cazumi Yokoyama Emi
VERSÃO
Avaliação de risco de incêndio de coleções em museus
Jean Tétreault
INTÉRPRETES DO ACERVO
Karoline Santana Moreira: Pesquisa nos arquivos: uma corrida de obstáculos e contra o tempo
Katherine Cosby: A preservação de documentos é fundamental para podermos escrever e reescrever a nossa História
Joyce Abram Martirani: Uso do acervo do Apesp como suporte para a produção de séries
PRATA DA CASA
Entrevista com profissionais do Centro de Preservação, responsáveis pelo gerenciamento de riscos
VITRINE
O documento notarial é oportunidade rara para a história
Mara Danusa Bezerra
Memórias de uma garagem
Isaura Maria Ribeiro Bonavita
Lembranças de um arquivo escolar
Priscila Kaufmann Corrêa
Os arquivos da FCBTVE: dificuldades para uma história da TV no Brasil
Eduardo Amando de Barros Filho
ARQUIVO EM IMAGENS
O inverso (perverso) da preservação