Conservar uma cópia pode ser mais complexo do que um documento original? Confira no artigo das conservadoras do MAST
Caroline Macedo dos Santos e Ozana Hannesch, conservadoras do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), são autoras do artigo “Termos e conceitos para classificação de processos de fotorreproduções: uma abordagem preliminar“, publicado na edição n. 15 da Revista do Arquivo, sobre os desafios do tratamento arquivístico de documentos cartográficos, de engenharia e arquitetura.
Segundo o resumo do artigo, os processos de fotorreprodução trazem complexidade em sua preservação, pois são sensíveis à luz e produzidos por meio de produtos químicos que deixam resíduos no suporte, que os tornam vulneráveis a diversas condições. Além disso, eles demandam medidas diferentes de tratamento e acondicionamento para cada técnica e suporte.
O artigo em questão apresenta parte dos resultados de um projeto desenvolvido no Laboratório de Conservação e Restauração de Papel (LAPEL) do Museu, que deve resultar na atualização de uma publicação de referência do MAST na área. As autoras destacam o método de análise das cópias, fotoquímicas e fotomecânicas, que parte da compreensão física do objeto e do seu estado de deterioração e traz os elementos de análise dos documentos que devem embasar o diagnóstico para a tomada de decisão mais adequada para os procedimentos de conservação desses registros que são, até mesmo, mais sensíveis que os originais.
As editoras convidadas do dossiê temático desta edição, Monica Frandi Ferreira e Noemi Andreza da Penha destacam que “as autoras sugerem termos pré-estabelecidos para a caracterização das reproduções de documentos de arquitetura, com a definição ilustrada de nove técnicas distintas (anilina, blue-print, diazo, eletrostática, ferrogálica, fotostática, pellet print, vandykes print e wash-off), a fim de contribuir para a padronização da terminologia empregada pelos conservadores no diagnóstico e utilizada pelos arquivistas nos projetos descritivos”.
Confira o resumo, as palavras-chave, as credencias das autoras e a íntegra do artigo na seção científica da Revista do Arquivo: https://revista.arquivoestado.sp.gov.br/ojs/revista_do_arquivo/article/view/137
Veja aqui alguns exemplos dos documentos e detalhes revelados nas imagens que ilustram o artigo: