Muito além de protocolos
as marcas de pessoalidade nas correspondências oficiais de Morgado de Mateus
Palavras-chave:
filologia, diplomática, correspondência oficial, Morgado de Mateus, manuscritos setecentistasResumo
Este artigo resulta da comunicação apresentada no seminário Documentos que viajam: correspondências entre arquivos do ultramar, promovido pelo Arquivo Público do Estado de São Paulo e realizado no dia 20 de maio de 2015, com a presença de diversos estudiosos das áreas de Arquivística, História e Filologia. Antes de tratar de “protocolos” e “fórmulas”, o artigo situa-se como um recorte da minha tese de doutorado intitulada Filologia e discurso na correspondência oficial do Morgado de Mateus: edição de documentos administrativos e estudo das marcas de avaliatividade. O corpus de pesquisa dessa tese constitui-se de documentos administrativos ativos e passivos. Os ativos devem ser considerados “ascendentes” por dois motivos. Primeiro, hierarquicamente, por terem sido enviados pelo Governador a seus superiores (o rei Dom José I, o Conde de Oeiras - futuro Marquês de Pombal - e dois secretários do Reino, Francisco Xavier de Mendonça Furtado e seu sucessor, Martinho de Melo e Castro). Segundo, no sentido geográfico, já que esses documentos “subiram” do Brasil a Portugal.
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