Arquivos do Manicômio Judiciário do Estado de São Paulo
História e possibilidades
Palavras-chave:
loucura, crime, periculosidade, arquivo, Manicômio JudiciárioResumo
No Brasil, a emergência do Manicômio Judiciário do Estado de São Paulo (MJES) no início da década de 1930 consolidou um ideal há muito defendido pela Criminologia Positivista. No entanto, a despeito do intenso fluxo de internações ocorridas ao longo dos anos e da imprescindibilidade que desempenhou e ainda desempenha no circuito repressivo do Estado, sua história segue inaudita e tão fundida à história do Hospital do Juqueri a ponto de ter o seu próprio registro tangenciado. Este trabalho tem por finalidade problematizar as condições que corroboraram para a emergência do MJES, bem como apresentar o acervo documental resultante das práticas de cuidado empreendidas entre os anos de 1898 e 1952 de seu funcionamento. A discussão aqui realizada é parte de um projeto de pesquisa mais extenso desenvolvido no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo e que incluiu a análise de duzentos e oitenta e cinco (285) arquivos do MJES, bem como outras fontes documentais - jornais, leis, decretos e produções científicas-do período referido. O acervo do MJES, atualmente sob custódia do Arquivo Público do Estado, é constituído por dois mil seiscentos e quarenta e sete (2647) prontuários. Trezentos e noventa e cinco deles (395), abertos até 1931, fazem parte do primeiro ordenamento numérico e dois mil duzentos e cinquenta e dois (2.252) correspondem ao segundo ordenamento numérico estabelecido entre os anos de 1932 e 1952.O texto destaca a importância da produção de memória sobre a loucura tomando o arquivo como fonte de investigação.
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