Silêncios que gritam

Apontamentos sobre os limites da Comissão Nacional da Verdade a partir do seu acervo

Autores

Palavras-chave:

ditadura, Comissão Nacional da Verdade, justiça de transição

Resumo

O objetivo deste artigo é refletir sobre as limitações da Comissão Nacional da Verdade em relação às investigações sobre a violência do Estado ditatorial contra determinados grupos sociais. Num primeiro momento do texto, pretendo discutir as características das disputas de memória sobre o passado recente no Brasil, a fim de apontar que seu resultado foi a conformação de uma tipologia restrita sobre quem foram as vítimas da ditadura. Em seguida, buscarei refletir sobre como a CNV se relacionou com estas narrativas hegemônicas a partir de documentos localizados no acervo da comissão. Por fim, debaterei em que medida a incapacidade da CNV de romper com essa referida tipologia foi determinada pela mobilização, por parte do órgão, do vocabulário da “justiça de transição”.

Biografia do Autor

Lucas Pedretti

Mestrando em História Social da Cultura (PUC-Rio), foi assessor da Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro. E-mail de contato: lpedrettilima@gmail.com

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Publicado

2017-10-23

Como Citar

Pedretti, L. (2017). Silêncios que gritam: Apontamentos sobre os limites da Comissão Nacional da Verdade a partir do seu acervo. Revista Do Arquivo, (5), 62–76 (42. Recuperado de https://revista.arquivoestado.sp.gov.br/ojs/revista_do_arquivo/article/view/169

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